Como nós queremos assistir TV no futuro?

Esse post faz parte de uma série de posts sobre Transmídia, que serão escritos pelo Fernando Collaço.

Como nós queremos assistir TV no futuro? 

TV Experimental Concept

Não sou um grande entusiasta das inovações tecnológicas anunciadas como a solução de todos os nossos problemas, mas gostaria de comentar, complementando meu último post, um conceito televisivo que encontrei em meio às recomendações de links e artigos nas redes sociais, que vai de encontro ao que comentei sobre o uso da televisão e as distrações causadas pelos dispositivos móveis utilizados simultaneamente.

O conceito de TV do futuro provém de um grupo alemão, SyZyGy Lab, que produziu um pequeno vídeo de apresentação (abaixo) de como poderia ser a experiência de assistir a televisão no futuro, resultado de observações de tendências e estudos sobre o comportamento dos usuários de mídia digitais em geral.

GOAB, nome atribuído ao aplicativo que seria disponibilizado, transformaria nossos dispositivos móveis, como o iPad retratado no vídeo, em nosso controle remoto. A partir desse ponto, eles nos perguntam: “E se o controle remoto conhecesse você?”.

A experiência criada pelo grupo alemão propõe um aplicativo livre de fios, que, baseado no sistema de informações em forma de nuvem, poderia através de uma conexão, ter acesso às preferências pessoais de quem o opera. Dessa forma, ao assistir um jogo de futebol, poderíamos ter acesso não somente ao evento em si, mas sim aos dados estatísticos, diferentes câmeras, contato com outros usuários/amigos que estariam assistindo ao jogo simultaneamente e, caso fosse desejado, comprar algum item visto na programação.

Um dos principais pontos do GOAB seria que, atrelado às redes sociais do usuário, a sugestão de programação não seria baseada em gêneros, como comédia ou drama, mas no humor do usuário e nos links acessados e apreciados como, por exemplo, através do botão “curtir” do Facebook. Esses dados seriam compilados e convertidos em sugestões de programas para o usuário como já acontece, de forma diferente, em alguns sites musicais que sugerem música de acordo com a combinação de sentimentos, locais e outros dados fornecidos pelo usuário.

A experiência vai de encontro ao artigo que comentei no último post e é uma das formas que podem ser visualizadas para o futuro, baseada em aplicativos móveis e interação entre redes sociais e conteúdo disponibilizado. Muitas outras experiências podem ser encontradas na internet e apesar de algumas ainda parecerem distantes de nossa realidade, elas podem estar presentes em nosso cotidiano mais rápido do que imaginamos.

UPDATE: Acabou de sair uma pesquisa da Ericsson sobre o consumo simultâneo entre televisão e outras mídias. Mais de 60% das pessoas assistem televisão e navegam na internet ao mesmo tempo. Com o aumento da penetração dos dispositivos móveis, como os tablets, com certeza veremos um aumento natural do hábito de consumo integrado.

Sobre o autor: Fernando Martins Collaço (ignorar a ex namorada) é midiálogo, editor de vídeos, pesquisador na área de TV e minisséries, colunista eventual e fotógrafo de moda nas horas vagas.
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www.atlasmedialab.com

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