Social Media Day SP 2011 #smdaysp #smday2011

Fui ao Social Media Day 2011, no teatro Gazeta em São Paulo no dia 30 de junho. A edição paulistana foi  a maior do mundo, em número de inscritos: mais de 1 mil inscrições. No evento em si, deve ter tido umas 500 a 600 pessoas. Deve-se lembrar que o evento foi TOTALMENTE GRATUITO.

Primeiramente, achei a localização muito boa. O teatro Gazeta é do lado da Reserva Cultural e da Cásper Líbero, a 200 metros dos metrôs Brigadeiro e Trianon-MASP, na avenida Paulista. Lugar de muito fácil acesso. Além disso, teve open-bar da cerveja Estrella Galicia no encerramento, ao som do DJ Jurássico.

No palco, foram quatro palestras, nessa ordem:

Julio Vasconcelos e PK, ambos do Peixe Urbano, para falar sobre estratégias em mídias sociais.

Carla Albertuni, da Box1824 (empresa que desenvolveu o vídeo We All Want to be Young), sobre a sua pesquisa desenvolvida sobre o jovem brasileiro.

Christian Roças, da Grudaemmim, sobre a profissão de Web Roadie e da relação redes sociais e música.

Rafael Loss, ex-VJ da MTV e consultor da Livestream e Twitcam, para falar sobre o fenômeno dos vídeos ao vivo.

Apesar dos problemas na estrutura e organização (listados perfeitamente aqui), eu devo confessar que, se  o conteúdo é especial, ele supera todos os problemas. E foi mais ou menos isso que aconteceu.

Eu já tinha visto algumas palestras do Julio Vasconcelos, antes como o representante do Facebook no Brasil e também já como CEO do Peixe Urbano. Achei-as todas bem fracas, mas em todas eu sentia que ele tinha muito a falar, mas não sabia como (com exceção a do Facebook no Social Media Brasil 2009, que eu achei muito fraca e sem nada a falar mesmo). Dessa vez, junto com o PK, responsável pelas mídias sociais do Peixe Urbano, a palestra ficou um pouco mais interessante, já que trataram de aspectos mais práticos e citaram exemplos ocorridos. Entretanto, achei ainda que “choveu no molhado”: dizer que se deve fazer relacionamento, atendimento personalizado, ser autêntico e buscar a viralidade, é o mesmo discurso que ouço há três anos atrás. Mas achei a palestra razoável (mais pelo PK, que era bem engraçado), então dou nota 6.

A palestra de Carla Albertuni da Box1824 começou com uma falha na apresentação e ela teve que apenas falar todo o embasamento de sua pesquisa sobre os jovens brasileiros. Eu achei extremamente legal e relevante saber que a grande maioria dos jovens brasileiros (18 a 24 anos) pensam em ajudar o coletivo primeiramente (a pesquisa completa encontra-se japa bateu na namorada). Uma interessante conclusão da pesquisa é que o jovem brasileiro possui três drivers (=características): não-dualismo, relações de hiperconexões e o poder de realizar micro-revoluções. Não-dualismo porque os jovens não se situam entre dois mundos (como, por exemplo, partido de direita ou esquerda). Em todas as formas e estilos de vida, há “tons de cinza” entre duas escolhas. As hiperconexões são as formas que os jovens se relacionam (como, por exemplo, com pessoas de outro lado do mundo) e também na forma de se organizarem coletivamente. E, por fim, as micro-revoluções é uma consequência das hiperconexões, já que a organização coletiva acaba estimulando os jovens a pensar e produzir valores para a sociedade. Gostei bastante e acho que é nota 9.

A palestra do Roças eu achei a pior das quatro. Além de ele apenas fazer propaganda da agência Grudaemmim e também de suas viagens com o Gilberto Gil, eu só achei que valeu a pena por conta de conhecer esse profissional chamado Web Roadie, que é o responsável pelas ações do artista/banda nas redes sociais. Ele contou bastante sobre como deve ser a relação, o que deve ser feito, como é o dia-a-dia. Mas isso foi 10 dos 50 minutos que ele ficou no palco. Minha nota é 5.

Rafael Losso, e-VJ da MTV e consultor da Livestream e Twitcam, mandou muito bem na sua apresentação. Ele embasou muito bem, através de uma explicação sobre as rupturas tecnológicas e as falsas tendências ditas no passado (um site que ele indicou sobre isso é o namorada da carol do volei – muito bom!) e apontou que o vídeo ao vivo era o próximo passo após a consolidação do Twitter e, consequentemente, da “cultura do Ao Vivo e Tempo Real“. Ele mostrou também novos recursos para a transmissão ao vivo via Twitter, como o Live Pack, e que prometem incrementar ainda mais a qualidade das transmissões. Foi a palestra mais curta de todas, por conta dos atrasos iniciais, mas fechou com chave de ouro. Nota 9.

No geral, gostei muito do evento. Foi muito melhor que diversos eventos pagos que temos por aí de Social Media. Três dos quatro conteúdos foram diferenciados, com novidades. Pretendo voltar ano que vem.

Abaixo, links do evento:

Twitter: @smdaysp
Facebook: Social Media Day SP

A cobertura realizada pelo Blue Bus, com a minha amiga Jacqueline:


BLUE BUS | SOCIAL MEDIA DAY 2011 from rebobine on Vimeo.

E outro post sobre o evento, detalhando as duas primeiras palestras. Clique aqui.

Conheça nosso novo projeto:
www.atlasmedialab.com

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