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Resumo do livro “O Ponto da Virada” de Malcolm Gladwell

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Esse livro mostra que a maneira que os seres humanos agem e são não dependem apenas dos genes, e sim, há uma influência do meio que vivem e da personalidade das outras pessoas ao redor. De acordo com o autor, graças a isso que se propagam os fenômenos que ele chama de epidemias sociais. O título do livro, o ponto da virada, é justamente o momento em que pequenas mudanças entram em ebulição, fazendo com que uma tendência ou um comportamento dê uma guinada e se alastre (ou se acabe).

Para Malcolm Gladwell, são três características que marcam o Ponto da Virada: a Regra dos Eleitos, o Fator de Fixação e o Poder do Contexto.

A Regra dos Eleitos se refere aos responsáveis pela epidemia social, ou seja, aqueles que impulsionam o fenômeno até atingir o Ponto da Virada. Gladwell os “eleitos” são de três tipos: os Comunicadores, os Experts e os Vendedores (=e todos nós conhecemos alguém com uma dessas características)

Um fato interessante para mostrar como funciona os Comunicadores é a experiência sobre os seis graus de separação do psicólogo Stanley Milgram. A experiência consistia em mandar encomendas para 160 pessoas aleatórias em Nebraska para que elas encaminhassem a um corretor em Boston. A idéia consistia em enviar a encomenda para quem a pessoa acha que saberia como entregar ao corretor. E o resultado já sabemos: a maioria das encomendas passou por apenas seis intermediários. Entretanto, o fato mais curioso é que metade das encomendas entregues ao corretor vieram de apenas três indivíduos. Ou seja, mesmo em uma lista aleatória de pessoas, esses três indivíduos acabaram concentrando as entregas. Para Gladwell, esses três são exemplos de Comunicadores: são pessoas que tem o talento de reunir e conhecer muitas pessoas, além de servir de ponte entre elas.

Entretanto, os Comunicadores são responsáveis por espalhar o fenômeno por conta da grande rede social. Mas eles, sozinhos, não mudam o Ponto da Virada. É com os chamados Experts que as tendências surgem para os Comunicadores difundirem. Basicamente, enquanto os Comunicadores são especialistas em pessoas, os Experts são especialistas em informações e conhecimento. Uma característica marcante do Expert, de acordo com Gladwell, é que ele tem obsessão em informações e, acima de tudo, de os compartilhar com as pessoas e, assim, resolver os problemas pessoais e sociais. Além disso, enquanto um Comunicador tem o poder de disseminar um conteúdo para 100 pessoas, só que uns 50 irão seguir a dica, um Expert recomenda para 30 pessoas, só que as 30 irão seguir. O Expert é visto como uma fonte segura de informações.

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Porém, toda epidemia social começa quando um grande volume de indivíduos se aderem a uma tendência ou disseminam alguma informação. Mas sabemos que a maioria das pessoas dificilmente aceitam mudanças súbitas no comportamento. Sendo assim, além dos Experts e dos Comunicadores, existem as pessoas que atuam como Vendedores. Eles são responsáveis por convencer as pessoas a aceitarem a epidemia social. Eles costumam ter o poder da retórica e da persuasão, juntamente com discursos coerentes e convincentes. Geralmente, conta Gladwell, são seres extremamente simpáticos e felizes, pois demonstram uma autoconfiança que transmite credibilidade ao que falam.

Portanto, a Regra dos Eleitos diz que a natureza do mensageiro é um fator crítico das epidemias sociais. Entretanto, o conteúdo da mensagem também é importante, sendo que ela deve ser fácil de memorizar e, com isso, disseminar. Gladwell chama isso de Fator de Fixação e cita que, na maioria das vezes, a fixação ocorre por conta de elementos muito simples, como pequenas frases ou imagens de fácil reconhecimento.

Por último, o terceiro fator das epidemias sociais é o Poder do Contexto. Não adianta ter Comunicadores, Experts e um conteúdo com Fator de Fixação se o contexto não contribui para a disseminação. Ele cita, como exemplo de eficiência desse fator, a Teoria das Janelas Quebradas (nesse link, o colunista conta como a teoria tem a ver com o Poder do Contexto) e a Regra dos 150 de Dunbar (=consiste que cada indivíduo possui capacidade para estabelecer vínculos sociais com, no máximo, 150 pessoas), sendo que, assim, grupos com menos de 150 pessoas podem agir uniformemente e pensar de forma única e coerente, podendo disseminar uma epidemia social para outros grupos.

O autor aprofunda muito mais em cada trecho teórico, citando exemplos e as aplicações do que propõe. Recomendo fortemente que se leia, principalmente para quem analisa e estuda (como eu) fenômenos sociais na web. Percebi que a grande maioria dos conceitos que ele propõe são aplicáveis para entendermos diversos aspectos da internet, principalmente a questão da viralização de conteúdo.

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