Post número 100 – Exemplos de modelos de negócios do Freeconomics

Esse post é o de número 100 no blog e devo dizer que o tempo passou muito rápido! Lembro dos primeiros posts em outubro de 2008, quando criei o blog, e já se vão perto dos dois anos de existência. Muita coisa mudou, desde o layout até os recursos aqui colocados. Mudou também minha linha de raciocínio, mas o assunto sempre continuará o mesmo.

Para o post 100, resolvi expor alguns modelos de negócios presentes no livro Free, do Chris Anderson, que são baseados no modelo da gratuidade. Let’s go.

1 – Subsídios Cruzados.

É quando o preço de um produto é transferido para outro produto complementar/essencial ao funcionamento deste.

Um bom exemplo próximo a nós é o celular. Como podemos ver, as operadoras distribuem aparelhos de graça ou a preços muito pequenos. Entretanto, essa gratuidade é compensada nos planos de consumo ou nas tarifas cobradas. Sendo assim, seria como se pagássemos pelo celular mensalmente nesses planos.

Segundo exemplo: baladas. Com preços muito baixos de entrada ou até mesmo de graça, o preço é transferido para as bebidas e produtos de consumo lá dentro. A idéia fica mais evidente nas festas com preço de entrada que vira consumação.

Terceiro exemplo: brindes ou “compre um, ganhe outro”. Toda empresa de bens de consumo trabalha com uma faixa de lucro de, no mínimo, 100% nos produtos. Um aumento de 30% no preço do produto com um brinde ou com outro produto incluso, praticamente garante uma faixa de lucro aceitável, contando que venha com um aumento nas vendas.

2 – Mercado de três participantes.

Quando a relação já não fica apenas entre cliente e empresa. Há uma terceira participante, que pode ser outra empresa ou até mesmo cliente, sendo que essa terceira banca os custos.

Exemplo-mor: televisão. Consumimos o produto (programas) dos canais de forma gratuita e quem paga  por isso são os anunciantes e patrocinadores. O que vimos muito atualmente é a aplicação desse modelo em serviços da Web, como por exemplo, no servidor de downloads Megaupload. Temos acesso ao serviço, contanto que sejamos expostos à propaganda.

Outro exemplo: cartões de crédito. As operadoras oferecem os cartões de graça para os clientes, entretanto cobra tarifas das transações entre os clientes e os comerciantes. Sendo assim, quem paga os custos são os comerciantes.

Último exemplo: entrada em bares e museus. Permite-se a entrada de mulheres de graça ou mais barata do que os homens, sendo que esses bancam os custos. No caso dos museus, criança não paga, mas os adultos sim.

3 – Freemium

Modelo nascido na Web, porém anda ganhando espaço no meio offline também. Consiste em oferecer serviço gratuitamente, mas com uma opção paga que oferece melhores serviços ou personalizados.

Exemplos clássicos: os serviços demonstrativos e softwares freewares. Utilizar gratuitamente o software, só que pagar por um serviço com mais recursos ou personalizado. No caso de games, cobrar pelo conteúdo integral. No caso de serviços da Web, cobrar por mais capacidade (Flickr), melhor performance (Rapidshare), etc.

Um exemplo que considero um marco para esse modelo é a experiência realizada pela banda Radiohead. Eles ofereceram o álbum “In Rainbows” de graça na Web, permitindo que os fãs pagassem quanto quisessem. Mesmo com 38% do público terem pago alguma quantia, o grande lance veio com os produtos offline: a banda lançou um box com DVD e CD, com bônus e faixas extras. As músicas na Web possuíam uma qualidade inferior ao que esse box oferecia.

A venda desse box foi um sucesso. Isso sem precisar disponibilizar as músicas no iTunes. Depois dos resultados obtidos, a banda resolveu apenas gravar músicas e disponibilizá-las na Web a partir de agora.

Fica no ar: qual a melhor forma de negócio baseado no Grátis? Por que não levar mais em consideração esses modelos é ficar para trás no mercado.

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