A reverberação da convergência

Incrível que, após o término da leitura do livro “Cultura da Convergência” de Henry Jenkins, a questão da convergência e suas implicações ainda reverberam na minha mente. Percebi que a questão proposta pelo livro abriu horizontalmente minha visão sobre a convergência, tanto em camadas quanto em focos.

Por exemplo, ontem li um texto que discutia as privatizações na comunicação na década de 90, tanto no Brasil quanto no mundo. E vi um exemplo da convergência no nível econômico-industrial.

De acordo com o texto, até 2013, existirão apenas dez grandes conglomerados midiáticos em todo o mundo. E em um segundo patamar, no máximo vinte conglomerados, porém todos ligados aos dez maiores. A convergência tecnológica e de linguagens possibilitou uma série de fusões, aquisições e parcerias entre, até então, diferentes mundos da comunicação.

Se até o fim dos anos 80 havia uma separação clara entre telecomunicações, informática e mídias, hoje essas fronteiras são diluídas. Não conseguimos distinguir quem é o quê. As organizações Globo são o quê? São tudo: provedor de internet, canal aberto e pago de televisão, jornal impresso, produtora de cinema, portal de informação, entre tantos outros meios. Ela e todos os grandes conglomerados.

Existe uma espécie de “transmidiatismo” como tendência no mundo da comunicação. Já não basta ser apenas jornal; tem que ser informação. E se entende isso como objeto de consumo, independente de como for consumido. E as formas de consumo, atualmente, não são únicas e independentes. Ninguém se informa apenas por um meio, e muito menos se contenta com apenas um.

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