Assinatura digital
Antes de tudo, após ler “Cultura da Interface” de Steve Johnson, resolvi começar a ler “Blog Marketing” de Jeremy Wright. Estou no começo, mas quando tiver algo interessante no livro, eu posto por aqui.
Mas é curioso que, vendo as listas de livros sobre o blogs, as principais referências bibliográficas sejam estrangeiras. Até parece que os latinos, especialmente os brasileiros, não possuam nada a acrescentar na blogosfera. Nesse ponto, sou ufanista: acredito que o brasileiro utiliza as redes sociais de formas tão incríveis que sejam até únicas no mundo. Mas isso é outro assunto.
Ontem, no meu MSN, apareceu meu xará (e xará inteiro!): se chamava Gabriel Ishida também. E ele tocou num ponto que rendeu esse post: a questão da construção de uma identidade e assinatura digitais. Nós dois estávamos enfrentando um problema nesse ponto: quando se digitava Gabriel Ishida no Google, aparecia referências a nós dois, porque ambos utilizávamos Gabriel Ishida como assinatura na rede. E isso poderia render uma confusão profissional, obviamente.
Consertamos e ajeitamos as coisas. Agora, aonde for possível, eu assino como Gabriel Minoru Ishida ou Gabriel M Ishida. Algumas coisas não para serem mudadas, como meu Twitter e endereços de e-mail, mas o resto, como as redes sociais e as referências ao meu blog, eu mudei. Tive até que mudar minha referência científica na Plataforma Lattes.
Enfim, o ponto que quero refletir é justamente essa nossa marca de identidade digital que criamos quando participamos na rede. Quando criamos uma conta em qualquer rede social ou em qualquer parte da Web, não temos muita consciência de que estamos criando uma identidade na rede, uma marca pessoal de cada um na rede. Eu só senti o peso e o conceito dessa identidade mais profundamente com essa confusão de ontem com meu xará. Todas minhas referências que leio na rede (= alguns estão lendo esse post) sabem da importância dessa identidade. É o que nos destaca na rede, o que traz reconhecimento pelos nossos trabalhos, o que nos diferencia de Gabriel Ishida com Gabriel Hishida.
Assim, quando tive que mudar para evitar a confusão (= ele também colocou seu sobrenome na sua assinatura, e graças a deus não era igual ao meu *só faltava*) eu senti que tudo que havia construído na Web pode ter perdido um pouco da força de identidade que tinha. E parece que tudo ficou desligado de mim, de alguma forma. Talvez na prática isso não tenha sido nada demais, mas que senti isso, senti.
www.atlasmedialab.com
Certeza.. Nem muita gente tem noção que essa é uma identidade pessoal, tudo bem que é virtual, mas é algo que representa você. Já aconteceu isso comigo uma vez, e o resultado não foi legal.. Mas, acontece. Abraço! Tá add aqui brother 😀
namorado da bia miranda…é também curioso pensar que essa identidade se cria das formas mais diversas possíveis! por exemplo, não é simplesmente o “colocar conteúdo” no blog, também como você escolhe suas fontes, suas cores, diagramação, imagens, estilo de frases, pra que se crie uma unidade que remeta exclusivamente à sua pessoa…
É essa necessidade gritante nos subconscientes (ou conscientemente mesmo), de nos destacarmos em meio à “massa”, de nos sentirmos únicos. Imagino sua preocupação inicial com os nomes iguais.
um beijo, ishida! 🙂