Mas afinal, o que é buzz?

Depois de apresentar oficialmente os dois “reforços” para o blog, anuncio também uma série de posts sobre o assunto em que trabalho na Direct Performance: BUZZ. Pretendo ser o mais direto e simples possível, além de falar mais focado nas minhas experiências do que em teorias (apesar que vou acabar caindo nisso, mesmo eu sem querer).
Mas afinal, o que é buzz? (parafraseando o livro do professor Fernão Ramos)
Buzz é burburinho, como já ouvi por aí. Os mais práticos vão falar que é “aquela ferramenta do Google, que é um Facebook no Gmail”. E, finalmente, para os leigos, é o som característico das abelhas ou até mesmo um dos personagens da franquia Toy Story.

É, foi um bom chute.
De fato, existem muitas definições. Para mim, buzz é conversa. Pode ser entendida mais facilmente como disseminação. Não gosto muito desse termo, mas é mais fácil de se entender.
Eu digo que é conversa porque penso na idéia de nuvem de conversação. Para mim, buzz nada mais é que a participação das pessoas nessa nuvem de conversação. Imaginem que a Web é uma gigantesca sala de bate-papo. Você pode apenas ficar olhando o que os outros escrevem ou jogar uma conversa nessa sala. A sala de bate-papo é a tal nuvem. Expressar-se na Web é postar uma mensagem nessa nuvem. Buzz é a interação que há entre o usuário e essa nuvem. A interação pode ser apenas uma mensagem para todos (=um upload de vídeo ou uma postagem em blog, como esse que você está lendo), um recado para alguém específico (=scraps do orkut, direct message do twitter, e-mail, etc.) ou até mesmo uma mensagem para pessoas interessadas em você (=postar no twitter, no facebook, etc.). Sendo assim, defino buzz como conversa no sentido de que você abre diálogo com quem está participando ou assistindo essa nuvem.
E a metáfora com nuvem não foi à toa. Assim como em nossa atmosfera, todos nós podemos ver o que acontece com essa nuvem. E é aí que está a grande sacada do buzz e, arrisco dizer, a grande quebra de paradigma da comunicação. É a primeira vez na história da comunicação que podemos ver o que as pessoas pensam sobre os assuntos e fatos do cotidiano. Isso porque é a primeira vez que as pessoas podem participar da nuvem de conversação, que antes era apenas acessível aos grandes grupos de comunicação (=rádios, tv, cinema, enfim, os meios de mão única). Sendo assim, o público era um mero observador da nuvem. Hoje, somos nós que deixamos os grandes grupos como espectadores. E esses já sabem do seu lugar e começam a olhar essa nuvem com mais cuidado, com um foco mais analítico e crítico. É aí que meu trabalho entra.
Digo que sou o óculos deles nessa nuvem. Mostro o que eles devem ver (afinal, é uma nuvem gigantesca com milhões de pessoas nela) e o que deve ser visto com mais cuidado. Engraçado isso, porque eu mesmo faço parte dessa nuvem e me sinto um espião dentro dela. Ando lendo inúmeras referências sobre engajamento em social media, mas o livro que mais me ensina sobre minha área de atuação é Numerati. Mais pra frente posto algumas idéias sobre o livro.
No próximo post, vou para o lado prático. Vou tentar expor metodologias para realizar uma análise de buzz.
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