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Resumo do IAB Social Media Insights 2013 #iabsocial

Hoje, dia 14 de maio de 2013, no Centro Britânico em São Paulo, tivemos o primeiro evento de Social Media da IAB Brasil: o IAB Social Media Insights. Com convidados de peso, como representantes do Facebook, Google, Linkedin, Twitter, Socialbakers, de grandes agências e marcas (F/Nazca, Riot, Volkswagen, Skol, L’Oreal, UOL, Likestore, Capricho e NovaPontoCom), o evento apresentou um conteúdo excelente para um auditório lotado.
Acredito que um ponto a ser melhorado para as próximas edições é justamente a organização. Distribuiu-se mais ingressos do que a capacidade do auditório e muitos ficaram sentados no chão. Além disso, alguns participantes reclamaram de problemas nas inscrições, na comunicação entre organização e participantes. Entretanto, os grandes pontos positivos são que o wi-fi estava funcionando muito bem e o coffee break estava muito bem servido, além de ter almoço para todos os participantes, aonde ocorreu as roundtables, ou mesas de discussão temáticas (na qual uma delas – sobre pesquisa – eu coordenei).
O primeiro painel foi do Socialbakers, aonde me decepcionou um pouco, pois ele mostrou dados que já haviam sido divulgados por eles em seus canais. Entretanto, o palestrante citou que possuem planos para melhorarem as métricas de outras redes que agora eles monitoram (como Twitter, Google+ e Linkedin), o que me deixou esperançoso por uma futura integração entre as redes para análise de métricas.
O case L’Oreal feito pela agência Riot mostrou mais uma vez que o crowdsourcing é uma estratégia interessante dentro das ações, pois várias ações dentro de social media da marca são baseadas em pedidos de usuárias. No case Skol da F/Nazca, o ponto mais interessante é que eles possuem dois pilares em digital: serviços e experiência. Eles acreditam que ambos acabam refletindo em social media. Serviços são os recursos que a Skol possui para atrair o usuário, como a Rádio Skol, o Skol GPS e o SOS Churrasco. Experiência é o pilar dos eventos, como Skol Sensation e Skol Carnaval. Uma coisa que me lembrou muito foi que a Coca-Cola possui pilares parecidos.
O quarto painel foi do Linkedin, aonde eles apresentaram o case da Lenovo. Eles mostraram como a segmentação deles por cargos na empresa podem beneficiar as estratégias e, principalmente, gerar vendas ao citar que a Lenovo buscou atingir profissionais tomadores de decisão na compra de equipamentos, ou seja, diretores e gerentes de TI. E mostraram que obtiveram cerca de 20% de aumento no volume de leads.
Após o coffee break, o quinto painel foi do Twitter, aonde mostraram cases envolvendo Social TV e segunda tela. Uma coisa interessante dessa palestra é que senti que o Twitter começa a se posicionar de forma mais firme como esse “extensor” da experiência, ou seja, como suporte e complemento às estratégias de marcas dentro de segunda tela.
Logo em seguida, veio o case de atendimento 2.0 do Ponto Frio, em que o coordenador da área mostrou como realizam os atendimentos, como funciona o esquema de descontos e abordagem de assuntos, etc. E duas curiosidades: são apenas quatro pessoas que cuidam de todos os perfis da NovaPontoCom e eles disseram que venderam cerca de 20 milhões de reais por conta das interações orgânicas (sem mídia paga) em seus perfis sociais. Talvez tenha sido a melhor palestra do dia, junto com o do Twitter.
Depois veio o painel da Likestore, aonde contaram como é o modelo de negócio que oferecem dentro de Social Commerce, aonde oferecem uma plataforma pronta para o lojista criar sua loja no Facebook. A coisa mais interessante do painel foi que eles mostraram que podem ser uma grande ameaça aos comercializadores de ingressos online, como Ingresso.com e Tickets for Fun, porque já fizeram algumas ações com shows e todas foram sucessos.
Após o almoço e roundtables, veio o debate com UOL, Capricho e Parafernalha (representado pelo Felipe Neto) para falar sobre conteúdo para mídias sociais. A Capricho citou que, atualmente, seus patrocinadores não são atraídos por números de vendas ou audiência, mas sim pela presença e relevância da revista dentro do público feminino adolescente. Assim, a Capricho busca produzir conteúdo que esteja agregado aos valores da marca e, principalmente, ao perfil do público-alvo, mantendo essa relevância e também sendo shareable (conteúdo compartilhável). O UOL afirmou que não encara as mídias sociais como concorrentes do seu negócio, principalmente no quesito venda de mídia.
Entretanto, o que mais me surpreendi foi com o Felipe Neto. Pré julguei que ele não falaria nada demais sobre conteúdo em mídias sociais, mas ele falou umas coisas muito interessantes sobre como ele enxerga o Youtube (como uma mídia única, diferente de TV e de mídias sociais) e como é o modelo de negócio que sua empresa (Paramakers) atua. Ele disse que sua empresa atua como produtora de vídeos para o Youtube, produzindo vídeos de Youtubers ou oferecendo suporte para a produção. E, no final, ele e a Capricho trataram de criticar a decisão da Globo de mudar a estratégia de atuação no Facebook.
O nono painel foi do Google, aonde fiquei um pouco decepcionado porque foi basicamente a explicação em 30 minutos do Zero Moment of Truth, um estudo que o próprio Google lançou sobre o novo comportamento do consumidor na decisão de compra.
Após as mini-aulas de possibilidades de anúncio dentro do Facebook, Linkedin e Google+, tivemos a última palestra do evento, que era o case Novo Fusca da Volkswagen. O representante da Volks disse que a campanha teve seu lançamento totalmente promovida no digital, com forte atuação no Facebook (aonde tinha o diretor de negócios junto no palco) e no Youtube. Ele destacou bastante o poder de disseminação da campanha, aonde foi bastante divulgada no Facebook e gerou 1.8 milhões de reais em mídia espontânea.
No geral, achei o conteúdo muito bom e a moderação do Renato Dias, presidente do comitê de Social Media da IAB (na qual eu faço parte) também foi bem boa. Acredito que o objetivo de fazer um evento relevante foi alcançado, mas ainda se pode melhorar em termos de organização e até focar em outros caminhos, como pesquisa (que foi o que mais senti falta) e até um pouco mais de métricas. Mas fico no aguardo pela próxima edição!
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