Midializado

Mídias tradicionais nas novas mídias.

Esse post é um complemento do post anterior, pois acabo de receber uma notícia intimamente ligada ao assunto do post anterior.

A fonte dessa notícia está aqui, no blog De Repente.

Primeiramente, qual a ligação entre a notícia e a cultura do compartilhamento? Compartilhamento faz parte da cultura web. Essa, por sua vez, é o novo paradigma da comunicação atual. O fechamento do FizTV é uma perda conceitual para a estruturação desse novo paradigma, pois é fundada na cultura do compartilhamento e da acessibilidade. E o mais importante: demonstra que a lógica da nova mídia não pode ser acompanhada pela lógica da velha mídia.

“O pior de tudo é que o FizTV tinha tudo pra dar certo, repito: uma plataforma que incentiva a produção independente (e até mesmo amadora – o que tem tudo a ver com o clima de colaboração que reina sobre as comunicações) promovendo uma forte relação entre a interatividade da internet e a tradicional estrutura da Televisão com o compromisso acertado de pagar pelo conteúdo disponibilizado pelo usuário.” – trecho da notícia.

Conforme apontado pela notícia, o grande problema é que o FizTV esbarrou em dois problemas: na lógica tradicional entre anunciante/audiência e no lobby político que havia no sistema a cabo de televisão.

“Será que vai ser impossível unir uma plataforma bem estruturada, conteúdo audiovisual de qualidade disponibilizado pelo próprio usuário com uma contrapartida interessante para os envolvidos num modelo de negócios sustentável e lucrativo?

O FizTV poderia ter sido a resposta para essa pergunta: preparado para um usuário-espectador (com o perdão da nova regra gramatical) mais participativo, conectado com o produtor independente que busca portas para seu trabalho e com uma proposta financeira eticamente correta (atribuir um valor monetário ao conteúdo produzido pelo usuário). E ele acabou.” – trecho da notícia.

Não sei se há um modelo Web para ser atraente para o produtor audiovisual independente. Mas, para mim, o que é claro é que esse modelo ideal não pode seguir a lógica tradicional da velha mídia: deve seguir a sua lógica própria do meio que está inserido, da cultura que está mergulhado. Já vimos o que isso acarretou para o FizTV. Talvez a cultura YouTube ou as Web TVs sejam portas de saída para a busca desse modelo.

Mas é certo: esse modelo tem que ser colaborativo, com visão compartilhada e primor a acessibilidade.

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