Tendências e dados sobre o mercado durante a quarentena de Covid-19

Na minha newsletter semanal, publiquei alguns dados de empresas como Netflix, Amazon, Uber e outras sobre como estão desempenhando nesse momento de quarentena de Covid-19. E nas últimas semanas, pude acompanhar alguns webinars contendo dados e previsões do mercado durante a pandemia.

Abaixo, trago o que considerei os principais slides de duas apresentações: da Bain & Company e da Kantar Insights.

O slide acima mostra como os setores podem ser afetados durante a pandemia. Repare que há segmentos (como de viagens) que serão prejudicados durante o pico e nas semanas seguintes, se recuperando após a pandemia. Outros segmentos como ensino à distância irão ganhar fôlego com o passar das semanas. Também há segmentos que ganharam mais receita durante o pico ou logo em seguida do início da quarentena mas que perderão receita com o tempo, como produtos para casa.

No slide acima, já esperávamos que o movimento nos locais físicos caíssem, mas agora temos um vislumbre de números. Repare que supermercados e farmácias, setores considerados essenciais e, portanto, estão abertos durante a quarentena, registraram queda no tráfego em loja física. Por outro lado, o Rappi registrou 30% de crescimento em pedidos e e-commerce registrou aumento de 30% a 40% em pedidos, especialmente alimentação.

A Kantar aponta que o isolamento fez com que muitas pessoas mudassem seus hábitos de consumo, principalmente envolvendo serviços online. Foi a primeira vez que muitas pessoas acessarem serviços bancários, teleconferências e cursos EAD, por exemplo. Já nos produtos mais consumidos, vemos que produtos de cuidados pessoais tiveram uma forte queda e produtos de higiene tiveram um grande aumento.

Agora, como estão os investimentos em digital e o consumo de mídia nesses tempos de quarentena? A Kantar trouxe insights disso também.

Considerando os dados do Reino Unido, TV, sites e e-mail dispararam no consumo, porém redes sociais e streaming não modificaram tanto. Não sei se isso se aplicaria no Brasil, só temos a estimativa de consumo de TV, que aumentou consideravelmente.

Em uma pesquisa publicada pela New York Times, vemos que Facebook, Youtube e Netflix ganharam tráfego expressivo em seus sites, mas não muito em aplicativos. Contudo, vemos um boom nas plataformas de teleconferência, com Zoom em destaque. Acredito que seja por conta da capacidade gratuita para suportar muitos participantes.

Como esperado, setores como viagens, eventos e entretenimento físico estão reduzindo os investimentos no digital, enquanto que farmacêuticas e varejo (principalmente online) estão aumentando.

Importante salientar que tudo são perspectivas e teremos uma visão melhor após toda essa crise, contudo, o desenho que se apresenta dificilmente irá mudar em termos de movimentação no mercado, já que estamos no meio da crise.

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