A concorrência entre as redes sociais

Incrível como as leis de mercado também se aplicam para as redes sociais. Durante algum tempo, acreditava que havia um desdobramento, até mesmo no nível de estrutura, dessas leis de mercado que conhecemos (= oferta, demanda e valor de troca), mas agora vejo que não há um desdobramento, é apenas uma adequação para os novos tempos que vivemos.

Até mês passado, não havia uma concorrência clara entre o Facebook e o Orkut, isso no nosso âmbito nacional (já que o Orkut só é majoritário no Brasil e na Índia). Lá fora, havia uma rivalidade não-direta entre Facebook e MySpace, apesar de ambos serem, na teoria, diferentes enquanto recursos. Mas últimas pesquisas indicam uma queda no MySpace e um crescimento do Facebook.

Ao que percebo, o Facebook possui uma infinidade de possibilidades e esse leque é mais atrativo do que redes especializadas e focadas, como o MySpace. Além disso, o MySpace sofre com o crescimento do Twitter, já que o Twitter anda servindo como um canal/painel dos artistas/celebridades para direcionar o tráfego para seus sites/blogs pessoais, dispensando canais intermediários como MySpace e Youtube.

E no começo do mês, o Facebook lançou uma clara tentativa de migração do Orkut para sua rede social: agora existe a possibilidade de você descobrir se algum contato do Orkut possui Facebook e assim, adicioná-lo. Eu mesmo usei esse recurso e funciona. Quase tripliquei meus amigos no Facebook.

O objetivo disso é claro: utilizar a rede social mais popular no Brasil para conseguir mais hábito de uso no Facebook. É lógico, se uma rede social tem mais amigos, eu vou utiliza-la com mais freqüência. E o troco do Orkut vem logo mais: um novo visual, com recursos muito parecidos com o do Facebook, como aquela barra de compartilhamento, ao estilo de Twitter. E o grande atrativo é a possibilidade de personalização do seu perfil, com cores e templates novos.

E para quê toda esse investimento em abocanhar mais tráfego e uso? Simples, atrair receita publicitária. É naquela velha lei da televisão: audiência = publicidade = dinheiro.

É, certas coisas não mudam.

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